Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) concluíram que uma possível alteração no gene DDR1, responsável pela adesão do melanócito (célula que produz a melanina, pigmento escuro encontrado em alguns locais como pele e pelo) à camada basal da epiderme, pode predispor a pessoa ao vitiligo. A doença atinge aproximadamente 1% da população e tem como característica a perda da pigmentação natural da pele e de mucosas, deixando manchas brancas espalhadas pelo corpo.
Segundo o dermatologista e doutorando da PUC, Caio César Silva de Castro, sabe-se hoje que o vitiligo tem forte componente genético - e, apesar de vários genes envolvidos na doença terem sido descritos, o exato número e identidade dos genes, assim como a natureza das variantes genéticas, ainda são desconhecidos.
Ao comparar grupos de pacientes com vitiligo com o outro grupo de pessoas sem a doença, Castro e o coordenador da pesquisa, o geneticista Marcelo Távora Mira, encontraram uma relação alterações no gene DDR1 e o surgimento da doença. "Ficou demonstrado que eles também tinham essa associação com o marcador do gene DDR1", disse Costa.
A forma e os motivos que levam a esse defeito no gene são temas para estudos complementares, que os pesquisadores acreditam que possam ser feitos por outras universidades ou até por laboratórios interessados em produzir medicamentos. AGÊNCIA ESTADO