Juiza permite filmar execução de americano que matou pais e irmã

Uma juiza do Estado americano da Geórgia permitiu que a execução de um assassino condenado à morte fosse filmada a pedido de Gregory Walker, um outro presidiário condenado à morte.
Andrew DeYoung, condenado por ter assassinado a facadas seus pais e sua irmã, foi executado por meio de injeção letal na quinta-feira à noite. Advogados de Gregory Walker afirmaram que filmar a execução de DeYoung iria expor como o coquetel letal usado durante as execuções causa sofrimento desnecessário. Elas afirmam que a a substância química pentobarbital, que faz parte do coquetel e é utilizada como sedativo e como o primeiro passo no ritual de execução, não é capaz de sedar adequadamente o condenado à morte e que, por isso, ele acaba sentindo dor e sofrendo. Na execução, o condenado à morte recebe ainda uma segunda injeção, com uma substância que provoca a paralisação do corpo, e em seguida uma última, que leva à interrupção dos batimentos cardíacos. Crime - De Young, de 37 anos, foi condenado em 1993 por ter esfaqueado seguidamente sua mãe, que dormia no quarto de cima de sua casa. Em seguida, ele fez o mesmo com seu pai e com sua irmã de 14 anos. Seu irmão conseguiu fugir para a casa de um vizinho e pedir ajuda. Na segunda-feira, um juiz da Geórgia decidiu que a execução de De Young poderia ser filmada. Foi a primeira vez que isso acontece no Estado. Mas, promotores haviam se oposto à filmagem, argumentando que o vídeo poderia começar a ser distribuído clandestinamente. Segundo o correspondente da BBC em Los Angeles, Peter Bowes, a única outra filmagem de uma execução nos Estados Unidos ocorreu no Estado da Califórnia, em 1992. A gravação visava questionar a utilização da câmara de gás como método de execução. O método depois foi abolido pela Califórnia. Sedativo - Gregory Walker entrou com uma liminar contra a sua própria sentença de morte, argumentando que a injeção letal promovida na Geórgia causa dor e sofrimentos dispensáveis. Ele foi condenado à morte em 2005 pelo assassinato de uma camareira de hotel de 23 anos que havia roubado drogas e dinheiro dele, enquanto ele dormia em um quarto de hotel. Vários Estados estão se valendo da substância química pentobarbital nas execuções de prisioneiros devido à escassez de outro sedativo cuja produção está em via de ser interrompida. Pelo menos 18 condenados à morte em 8 Estados americanos foram executados neste ano utilizando pentobarbital como sedativo. FONTE: BBC BRASIL
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