Polanski fez acordo de US$ 500 mil com vítima de estupro, diz jornal

O cineasta Roman Polanski concordou em pagar a Samantha Geimer ao menos US$ 500 mil como parte de um acordo feito depois que ele deixou os Estados Unidos, revelou nesta sexta-feira (02) o site do jornal "Los Angeles Times".
Os jornalistas do "LA Times" e de outras publicações norte-americanos tiveram acesso aos arquivos do processo movido por Geimer, que diz ter sido estuprada por Polanski quando tinha 13 anos. De acordo com o site do jornal, não está claro se Polanski pagou parte de ou todo o valor estabelecido no acordo. O diretor de "Chinatown" está preso em Zurique há uma semana e apela contra um pedido de extradição feito pela Justiça dos Estados Unidos às autoridades da Suíça. Os termos do acordo são confidenciais, diz o "LA Times", mas sabe-se que ele resultou de uma ação civil movida por Geimer em 1988. Polanski, que fugiu para Paris em 1978 após ter se declarado culpado por molestar Geimer, foi acionado em Paris em 1993. O diretor teria concordado em pagar os US$ 500 mil com juros e em um prazo de dois anos, segundo os documentos. O processo registra, no entanto, que o pagamento não foi feito até 1995. Um documento datado do ano seguinte indica que Polanski ainda devia a Geimer US$ 604.416, afirma o "LA Times". Procurado - Polanski, de 76 anos, tem cidadania dupla francesa e polonesa. Ele foi preso no sábado (26) na Suíça devido a um mandado de prisão dos Estados Unidos. O diretor estava na Suíça para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra no Festival de Cinema de Zurique. O cineasta, que recebeu o Oscar de melhor diretor em 2002 pelo filme "O pianista", sobre o Holocausto, é procurado por ter fugido dos Estados Unidos na véspera de seu sentenciamento formal pela acusação criminal. Na época, Polanski fechou um acordo com a promotoria pública de Los Angeles para confessar-se culpado da acusação sexual e ser sentenciado a 42 dias de prisão para passar por exames psiquiátricos - prazo que ele já passara na prisão. Mas ele acreditava que o juiz poderia anular o acordo e sentenciá-lo a até 50 anos de prisão. A promotoria pública de Los Angeles divulgou uma cronologia de sete tentativas anteriores de prender Polanski desde 1978, durante viagens do diretor previstas ou que de fato aconteceram à Inglaterra, Israel, Canadá e Tailândia. Nas últimas três décadas, dúvidas surgiram quanto a erros de conduta judicial, e a vítima, Samantha Geimer, declarou que Polanski não deveria passar mais tempo na prisão. G1
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