Imprensa argentina festeja classificação, mas alfineta Maradona

Após garantir a classificação para a Copa de 2010, com a suada vitória por 1 a 0 em cima do Uruguai, em pleno estádio Centenário, em Montevidéu, o técnico da seleção argentina, Diego Maradona, não se conteve e quase mandou a imprensa para "aquele" lugar.
Desde que assumiu o cargo, no final de outubro de 2008, Maradona foi questionado pela imprensa de seu país. Com os maus resultados, entre eles, as derrota para o Brasil, em casa, e para o Paraguai, a situação do comandante só piorou.
A relação entre a imprensa e Maradona não é muito diferente do que acontece entre a mídia brasileira e o técnico da seleção brasileira, seja ele qual for. A fórmula é muito simples: se a seleção tiver bons resultados, o técnico é poupado, caso contrário, ele será duramente cobrado. Ócios do ofício.
Com a classificação, os jornais argentinos tiveram que “engolir” Maradona e estampá-lo em suas páginas. O diário Olé, conhecido por suas manchetes pouco ortodoxias, não fugiu a regra e brincou com Maradona em sua manchete: “Quem não chora, não mama”.
O diário traz a foto de Maradona e Carlos Billardo, diretor-geral da AFA (Associação do Futebol Argentina), se abraçando e chorando com a classificação. O jornal também destacou o comportamento grosseiro e briguento do técnico contra seus críticos.
Com uma foto da comemoração dos jogadores argentinos após o gol de Mario Bolatti, que garantiu a classificação para a Copa da África do Sul, o Clarin, o mais importante jornal argentino, manchetou a seguinte frase: "Argentina sofreu, lutou e conquistou um lugar no Mundial". O jornal ainda escreveu que "apesar da alegria e do alívio, é preciso uma profunda mudança".
Assim como o Olé, o Clarin também destacou na primeira página a destemperada coletiva do técnico argentino com a seguinte manchete: Maradona: coletiva de imprensa escandalosa, com insultos e grosserias contra a imprensa. R7
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