Durante o feriado, os foliões costumam gastar muita energia. No caso de alguém que opta por passar cerca de duas horas em um bloco, trio ou avenida, a perda pode chegar a 800 calorias. Para agüentar o pique, o recomendado é se alimentar com pequenas refeições leves a cada três horas e ingerir muito líquido, sobretudo no caso de altas temperaturas e consumo de bebidas alcoólicas.
De acordo com Fernanda Machado, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, a ingestão de massas e pães é recomendada para repor as energias, mas não se deve abusar de refeições pesadas. Carnes e alimentos gordurosos fazem com que a digestão seja mais lenta, o que dá menos disposição para acompanhar o ritmo da folia. É recomendado evitar alimentos picantes ou que causem fermentação.
Bebidas alcoólicas não hidratam, pelo contrário, aumentam a desidratação e o mal-estar. A hidratação deve ser feita com muita água e sucos, que repõem vitaminas e minerais.
– É importante beber de 400 a 500 ml de água entre uma latinha de cerveja e outra, não esperando para sentir sede. Esse é inclusive um meio de prevenir a ressaca, já que com o consumo de água, a digestão do álcool é facilitada – diz Fernanda.
A atriz Fernanda Tellez, 20 anos, segue a recomendação à risca. Sempre toma suco entre uma cerveja e outra durante a folia dos blocos:
– Não me sinto mal depois porque me protejo.
Para evitar a dor de cabeça, a maçã pode ser um ótimo aliado. A couve mineira e a manteiga como guarnição facilitam a digestão e acalmam a mucosa do estômago. Barrinha de cereal e frutas secas são bem-vindas, enquanto molhos, maionese, frios e alimentos frágeis ao calor trazem maior risco de infecção.
Quem está com as malas prontas para viajar para outros estados ou países, não pode esquecer que as vacinas devem ser tomadas 10 dias antes da viagem para que o organismo esteja devidamente protegido. Para foliões que pretendem ficar pelo Brasil, a recomendação é a vacinação contra febre amarela e hepatites A e B.
– No Carnaval, as pessoas ficam mais expostas. A probabilidade de contrair a hepatite A em praias, por água e alimentação contaminadas, é maior – diz Isabella Ballalai, da Associação Brasileira de Imunizações.
Uma dose da vacina contra febre amarela protege durante 10 anos. No caso da imunização permanente contra hepatite A, é necessário tomar duas doses da vacina, sendo a segunda seis meses após a primeira. Já a hepatite B requer três doses, com intervalos de um e seis meses.
Durante o Carnaval, crescem os alertas em defesa do uso do preservativo. Após o feriado, o que aumenta é o movimento nos consultórios médicos por preocupações com corrimentos vaginais e possibilidades de gravidez, informa a ginecologista Soraya Andrade.
A médica alerta para cuidados com o mau uso da pílula do dia seguinte. Segundo ela, trata-se de um método que deve ser utilizado só em caso de emergência e, se for ingerida de forma inadequada ou frequente, pode provocar hemorragias, tonturas, queda de pressão, cistos e desconfortos. Além de não ser totalmente seguro em caso de gravidez, o método não previne contra doenças sexualmente transmissíveis:
– A principal recomendação é o uso do preservativo – diz Soraya. (JB Online)