Supremo deve decidir hoje sobre revogação da prisão de italiano

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir nesta sexta-feira sobre o pedido de revogação da prisão e emissão do alvará de soltura do ex-ativista italiano Cesare Battisti - acusado de terrorismo -, que recebeu status de refugiado político do governo brasileiro.
Na ação, os advogados pedem ainda que seja concedida prisão domiciliar, caso a Suprema Corte demore a se posicionar sobre o caso. Battisti está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
No pedido, a defesa considerou que não há motivo para a manutenção da prisão preventiva, decretada com fins de extradição, alegando ser irrecorrível a decisão de reconhecimento de refúgio político proferida em recurso ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
Retaliação - O vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado da Itália, Sergio Divina, defendeu o boicote turístico ao Brasil, em repúdio à decisão do governo brasileiro de conceder o status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, condenado por terrorismo no país.
"Quando forem fazer uma viagem ao exterior, não levem em consideração o Brasil, país que nós italianos demos tanto, e tivemos como resposta esse afronto", afirmou Divina, pedindo aos italianos para "pensarem nos protestos feito por pessoas honestas".
Divina, que é senador pela Liga Norte (partido conservador que integra a coalizão governista), enfatizou que "proteger um homicida que já foi condenado, tornando-o perseguido político, não só ofende a Itália, mas toda a história do país, baseada em princípios sólidos de liberdade, filhos da luta de libertação e de 60 anos de democracia, coisa que o Brasil sonha".
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