O navio Ile de Sein, que será usado na próxima etapa de buscas pelos destroços do voo 447 da Air France, chegou na manhã desta terça-feira (26) ao local em que será feita a fase 5 de buscas.
A informação foi divulgada pela BEA, órgão francês responsável pela investigação do acidente ocorrido em 1º de junho de 2009 e que matou todos os 228 que estavam a bordo.
O navio havia partido de Dacar, no Senegal, na sexta-feira, com 68 pessoas a bordo, inclusive a tripulação.
Ao longo da travessia, as equipes responsáveis fizeram uma série de reuniões recapitulando a organização e os objetivos dos trabalhos, assim como as especificidades do robo submarino Remora 6000, que será usado no resgate dos destroços à superfície, além das medidas de segurança.
As equipes analisaram as fotos tomadas na fase anterior das buscas, em particular dos elementos em que podem ser encontradas as caixas pretas do voo, o que ajudaria a determinar as causas do acidente.
O Remora 6000, da empresa americana Phoenix International, fez um primeiro mergulho na manhã desta terça, segundo a BEA.
A nova e delicada fase acontece depois que o órgão francês anunciou, no início do mês, ter localizado a zona do acidente a 3.900 metros de profundidade, ao norte da última posição conhecida do Airbus A330, que havia decolado do Rio de Janeiro com destino a Paris.
Ao fim da quarta fase de busca em uma zona não explorada de 10 mil quilômetros quadrados, o BEA informou que as tarefas para trazer à superfície os destroços da aeronave começariam no início de maio.
A prioridade dos investigadores é localizar as caixas-pretas, que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos.
O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas em mãos.
Entre as 228 vítimas, estavam 72 franceses e 59 brasileiros.
Esta fase, na qual trabalharão duas equipes, é totalmente financiada pelo Estado francês, segundo o BEA. FONTE: AGÊNCIAS INTERNACIONAIS