Fifa contra excesso de estrangeiros nas seleções

Na próxima quarta-feira, dia 18, três jogadores brasileiros vão tentar uma vaga na Copa do Mundo. Quem entra em campo são o zagueiro Pepe, o meia Deco e o atacante Liedson, todos nascidos no Brasil e integrantes da seleção de Portugal, que disputa a repescagem das eliminatórias europeias com a Bósnia-Herzegovina. Se os portugueses conseguirem a classificação, tudo indica que serão 12 os brasileiros vestindo a camisa de outros países na Copa de 2010. Passada a copa africana, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) planeja não deixar mais essa bola rolar. Até maio deste ano, um jogador estrangeiro precisava viver no mínimo dois ano em um país antes de ganhar autorização para integrar seu time nacional. Atualmente, a regra estabelece um período de cinco anos. O plano da Fifa é aumentar ainda mais esse prazo. O objetivo é evitar situações como a da Copa do Mundo de Futsal, realizada em 2008, em que todos os 14 jogadores da seleção italiana eram nascidos no Brasil. "Há um excesso de jogadores sul-americanos que obtêm com facilidade o passaporte do país em que atuam. Isso pode resultar numa Copa de 2010 disputada, na maioria, por jogadores do Brasil e da Argentina", disse na semana passada o presidente da Fifa, Joseph Blater. É compreensível que, num evento esportivo cujo maior apelo é o embate simbólico entre países, se incentive a coesão na identidade cultural dos jogadores. O problema é estabelecer um critério razoável para definir o que significa ser alemão, italiano, português, espanhol..."Compartilhar valores, idioma, cultura e, em alguns casos, religião, é mais relevante para a identidade nacional do que o fato de ter nascido em determinado território", diz o sociólogo inglês Krishan Kumar, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. VEJA
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