PIRATARIA: Novo Windows circula na China a R$ 5 antes do lançamento

Em lojas no movimentado mercado Xinyang, em Xangai (China), iPhones da Apple e alto-falantes Bose falsos circulam com cópias piratas do novo sistema operacional Windows 7, da Microsoft, uma semana antes do seu lançamento oficial. Um lojista, apontando orgulhosamente sua ampla oferta de discos embalados em caixas brancas sem nome, anuncia: "Qual versão você quer? Básica? Normal? Inglês ou chinês?". A Microsoft pode estar atraindo o mundo, conforme se prepara para lançar a mais recente versão do sistema operacional Windows, mas os chineses têm conseguido comprar cópias piratas neste mês por apenas 20 iuans (R$ 5) cada, uma parcela mínima do preço oficial de até US$ 320 (R$ 547). O "lançamento antecipado" do Windows 7 na China ressalta o desafio que grandes fabricantes de software enfrentam tentando ganhar dinheiro na China, segundo maior mercado de computadores do mundo. A empresa de pesquisa IDC estima que quase 80% dos softwares vendidos na China no ano passado eram piratas. Apesar de o número estar caindo, ainda representa o dobro da média global e fica quase quatro vezes acima de mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão. O analista Matthew Cheung, do instituto Gartner, diz que " a grande questão que está conduzindo a pirataria na China hoje é o preço. Em resposta a tais pressões, a Microsoft reduziu o preço do pacote de aplicativos Office 2007 Home and Student Edition para 199 iuans (R$ 50) no ano passado, ante 699 iuans (R$ 174). A fabricante venderá a versão mais simples do Windows 7 Home Basic por 399 iuans (R$ 100), preço modesto para os padrões ocidentais, mas ainda muito superior às cópias piratas. A violação dos direitos de propriedade intelectual tem sido um problema contínuo nas relações da China com seus principais parceiros comerciais. A Business Software Alliance, uma associação comercial criada pela indústria de softwares, afirma que o setor perdeu mais de US$ 6,6 bilhões (R$ 11 bilhões) para pirataria no ano passado na China, atrás apenas dos Estados Unidos. A maioria dos especialistas concorda que a pirataria na China é um problema de longo prazo, mas muitos acrescentam que as condições devem melhorar, conforme as fabricantes de software reduzam preços, usuários se tornam mais educados e o padrão de vida sobe. O Gartner estima que as taxas de pirataria na China cairão para 50 por cento até 2012, quase em linha com mercados asiáticos desenvolvidos como Hong Kong. REUTERS
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