Em Honduras, acordo abre caminho para Congresso decidir sobre Zelaya

Os negociadores do governo interino de Honduras afirmaram nesta quinta-feira (29) que aceitam a condição do presidente deposto do país, Manuel Zelaya, de que o Congresso -e não a Justiça- decida sobre a restituição dele ao comando do país.
Com isso, ficaria aberto caminho para a solução da crise política que paralisa o país desde o golpe de Estado de 28 de junho, que derrubou Zelaya e empossou o então presidente do Congresso, Roberto Micheletti.
O anúncio da aceitação da condição foi feito por Arturo Corrales, um dos negociadores de Micheletti. Inicialmente, o governo interino insistia que a decisão sobre a eventual restituição de Zelaya fosse feita pela Corte Suprema.
Os negociadores do governo deposto ainda não se pronunciaram sobre a mudança de posição dos interinos.
Negociações - Os dois lados retomaram nesta quinta as conversas em busca de uma saída para a crise política, no que poderia ser a última tentativa de se chegar a um acordo antes das eleições presidenciais marcadas para novembro.
Pressionados por uma delegação dos Estados Unidos, liderada pelo secretário-adjunto para assuntos do Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, as duas partes rivais aceitaram voltar à mesa de negociações depois que as rodadas anteriores fracassaram.
Honduras está mergulhada em uma crise política desde que os militares retiraram Zelaya do governo no fim de junho, expulsando-o do país por violar a Constituição. Desde então ele tenta voltar à Presidência com o apoio da comunidade internacional. AGÊNCIAS INTERNACIONAIS / G1
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