Voo 447: Robô e submarino enfrentarão rigores do mar para buscar caixa-preta

Solucionar o mistério que levou à catástrofe do voo Air France 447 depende basicamente de localizar a caixa-preta do avião, que deve estar a mais de 3.000 metros de profundidade - onde a pressão é altíssima e o oceano se mostra completamente escuro. Uma missão nada fácil, mesmo que alguns dos destroços da aeronave sejam encontrados no fundo do mar. Para tentar realizá-la, o governo francês despachou para a região um navio equipado com um robô submergível e um minissubmarino.

A embarcação Porquois Pas, pertencente ao Ifremer (sigla para Instituto de

Pesquisa Francês para a Exploração do Mar, em francês), foi enviada para a região em que os primeiros destroços foram avista dos pela Força Aérea Brasileira e deve chegar lá no início da semana que vem.

O navio leva a bordo o robô Victor6000 e o submarino Nautile. O primeiro tem a capacidade de passar 72 horas ininterruptas submerso.

Com braços robóticos operados remotamente, ele transmite imagens de vídeo p

ara seus operadores, que o controlam do navio acima. Ele pode descer a 6.000 metros de profundidade. É um veículo útil para uma primeira inspeção do leito oceânico, mas tem um inconveniente: não pode transportar passageiros humanos.

Para isso, o Porquois Pas também conta com o Nautile, um minissubmarino com capacidade para três pessoas que também pode descer até 6.000 metros. Com suas poderosas lanternas, ele ilumina o fundo escuro do oceano e permite que olhos humanos vejam padrões impossíveis de se distinguir por canais de vídeo. Os franceses têm orgulho de dizer que o Nautile pode investigar 97% do leito oceânico e listam entre a lista de feitos do veículo a exploração dos destroços do transatlântico Titanic, afundado em 1912 no Atlântico Norte.
Em compensação, o Nautile exige que seus ocupantes saibam exatamente onde estão indo: o veículo permite apenas cinco horas de navegação autônoma. G1

Postagem Anterior Próxima Postagem