Serrarias ficam a menos de um quilômetro da área protegida. Segundo Ibama, elas exploram reserva indígena, pois não há mais madeira em outros locais da região
A megaoperação de fiscalização liderada pelo Ibama no município Nova Esperança do Piriá (PA) levou à descoberta de três madeireiras clandestinas a leste da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no nordeste do estado.
A operação chegou pelo lado oeste da reserva, mas, em sobrevoo de helicóptero, a fiscalização flagrou madeireiros em plena atividade dentro da terra indígena e três serrarias a menos de um quilômetro a leste da área protegida.
Segundo o chefe de Fiscalização do Ibama no Pará, Leandro Aranha, a simples existência de serrarias no entorno da terra indígena evidencia o crime ambiental, pois não há mais madeira de valor a ser explorada na região, exceto na reserva. Ou seja, a madeira só pode ter origem ilícita.
Calcula-se que 30% dos 2.800 km² da Terra Indígena Alto Rio Guamá já tenham sido devastados pela exploração madeireira ilegal. A situação crítica na região levou o Ibama a organizar uma operação com mais de cem agentes, incluindo homens da Força Nacional de Segurança, da Polícia Rodoviária Federal, da Secretaria de Meio Ambiente do Pará, da Funai e da Polícia Militar. GLOBO AMAZÔNIA