Gelatinas brasileiras têm corante proibido em países europeus

Uma pesquisa feita com 11 tipos de gelatina pela Pro Teste Associação de Consumidores mostrou que todos esses produtos utilizam o corante amarelo crepúsculo - produto permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas proibido em alguns países da Europa. “Pesquisas demonstraram uma relação dessa substância (o corante) com hiperatividade e outros distúrbios de comportamento em crianças suscetíveis”, afirma o estudo, sublinhando que boa parte do esforço de marketing das gelatinas é voltada para o público infantil.
Além disso, quatro gelatinas com açúcar também receberam outras críticas. Duas utilizam adoçantes - Royal e Dr. Oetker - e, por isso, não seriam recomendadas para crianças e gestantes. Outras duas - Bretzke e Sol - apresentam, respectivamente, 10,9 e 8,8 gramas de açúcar por porção de 120 gramas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda para adultos o consumo diário de até 50 gramas de açúcar.
A quantidade de colágeno nos produtos foi considerada muito pequena, e, por isso, alvo de controvérsia. A Bretzke tradicional tem 0,76 grama. A Doce Menor Diet e a Dr. Oetker Diet apresentam 2 gramas. Estudos indicam que uma alimentação rica em colágeno traz benefícios para a saúde. “Precisamos de uma legislação que regule a quantidade de açúcar e de colágeno” afirma Manuela Dias, nutricionista da Pro Teste.
A Kraft Foods, responsável pelas gelatinas Royal, e a J. Macêdo, da linha de produtos Sol, afirmaram por nota que seguem rigorosamente a legislação do País. A Bretzke Alimentos apontou que a quantidade total de açúcar dos seus produtos é inferior à quantidade diária recomendada pela OMS para um adulto. Também informou que foi lançada uma linha com quantidade extra de colágeno para consumidores interessados “nos aspectos funcionais da substância”. AGÊNCIA ESTADO
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