A ciência que estuda o perigo

Após trabalhar como instrutor de técnicas de sobrevivência na Força Aérea britânica, o psicólogo inglês John Leach resolveu investigar, cientificamente, por que as pessoas reagem de maneiras tão diferentes quando correm risco de vida. Hoje, ele é considerado um dos maiores especialistas mundiais no assunto. Leach falou sobre seu trabalho.
Em 25 anos de estudos, o senhor conseguiu entender por que muita gente fica paralisada numa emergência? Compreendi que o nosso cérebro não funciona plenamente quando mais precisamos dele. No momento em que as vítimas de um acidente percebem a tragédia, elas perdem, no ato, sua capacidade cognitiva. Minhas pesquisas mostram que isso acontece porque a área responsável pela maior parte do raciocínio reduz drasticamente sua atividade. Sem ela, restam apenas reações automáticas. Ocorre com todo mundo. Até mesmo com aquelas pessoas de mais sangue-frio no dia-a-dia.
Mas as pessoas não têm reações diferentes nessas situações? Sem dúvida, o que não significa que estejam sendo racionais. Muitas tomam a decisão certa por pura sorte. Outras fazem isso mecanicamente, sem o uso do intelecto. São aquelas que já viveram uma situação de emergência antes, passaram por algum treinamento para lidar com ela ou, pelo menos, se deram ao trabalho de checar onde estavam as saídas de emergência. VEJA
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