Navio em que passageiros passaram mal tem golpe da passagem falsa

Noventa e seis pessoas compraram passagens falsas para o cruzeiro de nove dias que começaria neste sábado (10), no Rio com destino a Buenos Aires, e não puderam embarcar no navio MSC Sinfonia. Segundo as vítimas, os bilhetes foram emitidos com o mesmo número, numa fraude que, agora, classificam de "grosseira". O roteiro incluia Ilha Bela, em São Paulo, Punta del Leste, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina.
As vítimas do golpe acusam de falsificação um funcionário de uma agência de turismo. Os clientes que compraram o pacote turístico da operadora Porto Rio foram impedidos de embarcar no MSC Sinfonia.
A empresa MSC, responsável pelos cruzeiros, admitiu, em nota oficial, que “foi alvo de um crime de falsificação de 25 vouchers de 25 cabines (de um total aproximado de 800 cabines)”. Os documentos de reserva teriam sido “falsificados por uma agência do Rio de Janeiro”, segundo a nota.
Dezenove pessoas registraram queixa na polícia contra a empresa.Um inquérito foi aberto para investigar o caso. “Vamos ouvir o dono da agência, vamos ouvir também o vendedor e vamos esgotar todas as possibilidades para elucidar esse fato”, anunciou o responsável pelas investigações, delegado adjunto da 12ª DP (Copacabana), Antônio Furtado. O navio é o mesmo em que durante uma viagem pela costa do Nordeste 464 pessoas tiveram sintomas de gastroenterite. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu amostras da água e de alimentos para apurar o fato. No sábado, em uma nova vistoria, a agência liberou o navio para o cruzeiro até Buenos Aires. Segundo a Anvisa, houve 173 novos atendimentos no trecho da viagem de Salvador para o Rio. Duas pessoas permaneciam em atendimento na enfermaria pela equipe médica do transatlântico ao atracar no pier da Praça Mauá, no Centro do Rio. Os técnicos da agência não acreditam em novos casos e, sim,que houve a manifestação da doença incubada e que atacara o primeiro grupo antes da chegada à Bahia. Ainda não foi feito o auto de infração porque os exames de laboratórios não foram concluídos. Se ficar comprovado que os passageiros consumiram comida estragada, a multa aos organizadores do cruzeiro pode chegar a R$ 2 milhões. (G1)
Postagem Anterior Próxima Postagem