ONU: Zimbábue tem 20 mil com cólera; 1 mil morrem

O número de mortes da epidemia de cólera no Zimbábue cresceu para 1.123 e 20.896 pessoas foram infectadas por essa doença de fácil prevenção, informou a Organização das Nações Unidas na sexta-feira.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) disse em comunicado que os novos dados referiam-se até o dia 18 de dezembro. Na véspera, o órgão havia informado 1.111 mortes e 20.581 casos da doença.De acordo com a agência EFE, a taxa de mortalidade chega a 5,4%, o que mostra que a epidemia ainda está longe de ser controlada, segundo os especialistas de saúde da organização. A epidemia, qualificada de "devastadora" pela ONU, afeta nove das dez províncias do Zimbábue.
Um novo foco infeccioso acaba de ser descoberto na região de Chegutu, onde foram registradas 121 vítimas fatais e 383 casos suspeitos, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), que coordena a resposta internacional nesta situação de emergência.
Na região de Harare, ocorreu o maior número de casos (8.454 infectados e 208 mortos), seguida por Beitbridge - fronteiriça com a África do Sul - com 3.456 casos e 91 mortos.
Nestas circunstâncias, a Ocha advertiu que também há 859 casos suspeitos de cólera na África do Sul, com 11 mortos e uma taxa de mortalidade que, por enquanto, está em 1,2%. Também foi indicado um "pequeno número de casos" em Botsuana, Moçambique e Zâmbia, acrescentou, sem oferecer números precisos.
A rápida propagação desta epidemia no Zimbábue teve origem na falta de água potável e serviços sanitários, na falta de infra-estrutura de saúde adequada, assim como na carência de pessoal médico, particularmente enfermeiras. (REUTERS)
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