Cocaína vicia antes que o usuário possa se dar conta

"É só uma carreira." Mas não estamos falando sobre o futuro profissional de ninguém, e sim usando a frase que muitos usuários de cocaína utilizam para se enganar. A cocaína é uma droga sobre a qual existem mitos que devem ser destruídos. Não existe futuro no uso dessa droga.
Por conta de seus efeitos estimulantes, a cocaína traz uma sensação de clareza de pensamentos e poder que pode durar alguns momentos. O problema é que após o pico do efeito a necessidade de outra dose aparece e logo o usuário está fisgado, mesmo não querendo acreditar que já é um viciado.
A cocaína é um potente estimulante do sistema nervoso central, interferindo no processo de reabsorção de um composto mediador cerebral, a dopamina, ligado às sensações de prazer e movimentos e atua sobre as paredes das artérias e o ritmo cardíaco.
Os efeitos negativos da cocaína sobre o corpo podem atingir principalmente o sistema cardiovascular e o sistema nervoso central.
Entre os maiores riscos enfrentados por um usuário de cocaína estão a ocorrência de um acidente vascular cerebral, convulsões ou uma arritmia cardíaca, que podem acontecer até mesmo na primeira dose experimentada.
A associação da cocaína com o álcool traz um risco adicional, pois o fígado transforma essas duas substâncias em uma terceira, o cocaetileno, que potencializa os efeitos da droga e pode aumentar os riscos de morte súbita.
Os estados de alteração da percepção experimentados por quem usa a cocaína podem levar a quadros de irritação extrema, ansiedade e cansaço. Esses quadros, ocorrendo com freqüência, podem facilitar o desencadear de um quadro psicótico.
Mais uma vez é importante ressaltar que essa droga leva rapidamente à dependência, portanto de alguém disser que usa cocaína só eventualmente, duvide, esse usuário apenas está no caminho da dependência e precisa de auxílio especializado para se livrar do vício.
(Dr. Luis Fernando Correia - G1)
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