Alfândega americana barra novos smartphones da HTC

HTC One X
A comercialização de dois novos modelos de smartphones da taiwanesa HTC nos EUA sofrerá atraso devido a uma disputa de patentes com a Apple, um novo revés para a empresa que está tentando reverter o declínio das vendas no país que já foi seu maior mercado.

A notícia causou queda de 5% em suas ações.

A Apple conquistou uma pequena vitória em dezembro, em processo de patentes contra a HTC sobre tecnologia de celulares inteligentes, uma das muitas disputas em curso nesse ferozmente competitivo mercado.

A HTC anunciou em comunicado na quarta-feira (16) que "a disponibilidade do HTC One X e do HTC EVO 4G LTE nos EUA foi postergada devido a uma revisão regular dos carregamentos pela alfândega, exigida por uma ordem de exclusão da ITC (Comissão de Comércio Internacional da OMC --Organização Mundial do Comércio)."

Por conta dessa ordem, os celulares da HTC com tecnologia sob disputa estão proibidos de entrar nos EUA desde 19 de abril. A HTC informa que seus novos modelos não utilizam mais a tecnologia em litígio, mas os produtos, ainda assim, passarão por inspeção.

Lotes do modelo One X chegaram aos EUA antes da data do embargo, o que permitiu que o modelo fosse lançado na data prevista. Outros carregamentos, contudo, foram retidos, disse um representante da HTC em Taipé.

A operadora americana AT&T, que está vendendo o modelo One X em suas lojas desde 6 de maio, informa em seu site que o estoque do celular está esgotado.

O lançamento do EVO 4G LTE pela Sprint, que deveria acontecer na sexta-feira, será adiado. A Sprint aceita pré-encomendas para o modelo em seu site.

No comunicado, a HTC afirma que acredita ter cumprido a decisão, e que está trabalhando em estreito contato com a alfândega a fim de garantir a aprovação. AT&T e Sprint prefeririam não comentar.

"Anteriormente, a expectativa era de que a ordem de exclusão por violação de patente abarcasse apenas modelos antigos da HTC. Mas as recentes notícias sugerem o contrário, e que todos os modelos (novos e antigos) estão possivelmente em risco", afirmou o Goldman Sachs em nota a clientes vista pela Reuters. FONTE: REUTERS
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