Pesquisa usa 'hormônio do amor' para atacar sintomas da depressão

Testes clínicos: Gotas de hormônio no nariz 
podem combater os sintomas de depressão
A liberação do hormônio está relacionada com sentimentos positivos, como o contato entre casais. As mulheres produzem mais ocitocina do que os homens, pois ela está ligada à sensação de amor materno, mas os homens também se beneficiam. "Em humanos, a ocitocina é liberada em abraços, com a experiência de toques agradáveis, o contato olho no olho. Ela também desempenha um papel no ciclo de resposta sexual", explica Kai MacDonald, um dos cientistas que participam do experimento.

MacDonald afirmou que estudos anteriores já haviam mostrado que doses de ocitocina reduzem a atividade de circuitos cerebrais ligados ao medo, insegurança e ansiedade. "Quem recebe as doses não percebe nenhuma alteração, mas age diferente", afirma. 

É possível aplicar ocitocina artificial no corpo, com gotas no nariz. O hormônio já se mostrou eficiente no combate à esquizofrenia, segundo David Feifel, que também trabalha na pesquisa. "A ocitocina aumentou a eficiência dos remédios normalmente utilizados para combater a doença", disse ele, em entrevista ao site de VEJA.

Pessoas diagnosticadas com depressão já contam com níveis maiores de ocitocina no cérebro, em comparação com indivíduos saudáveis. "Isso foi percebido em uma pesquisa de 2010 e nos chamou a atenção. Pode ser que o corpo já esteja tentando combater a depressão com a liberação do hormônio, então podemos nos inspirar nessa iniciativa biológica", explicou Feifel.

Os testes clínicos estão sendo realizados na Califórnia e os resultados preliminares são positivos, segundo os cientistas, mas ainda não podem ser divulgados. Esse tipo de experimento, com seres humanos, representa a última etapa no processo de desenvolvimento de remédios e tratamentos médicos. fonte: VEJA ONLINE
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