Colômbia devolve menina americana erroneamente deportada ao país

Sem passaporte e sem falar espanhol, a texana Jakadrien Turner ficou morando em Bogotá 
Uma norte-americana de 15 anos que foi deportada por engano à Colômbia conseguiu retornar aos EUA na última sexta-feira, em meio à perplexidade de sua família pelo fato de a menor de idade ter sido enviada a um país do qual sequer é cidadã.

A texana Jakadrien Turner foi devolvida às autoridades diplomáticas dos EUA depois de estas terem identificado que a menina era norte-americana.

Ainda não está totalmente esclarecido o processo de deportação de Jakadrien, que não tem passaporte colombiano e não fala espanhol.

Segundo relatos, a menina acabou tendo que viver e morar por cerca de oito meses em Bogotá até que a avó de Jakadrien, Lorene Turner, entrou em contato com a polícia de Dallas depois de identificar a neta no Facebook.

'Milhões de perguntas' - A adolescente havia fugido de casa em 2010 e dada como desaparecida em 19 de novembro daquele ano. Seu nome constava da lista do Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA.

Jakadrien havia sido detida pela polícia de Houston em abril de 2011, prisão que acabou levando à sua deportação, depois de a menina ter supostamente alegado que se chamava Tika Lanay Cortez, o nome de uma colombiana nascida em 1990.

"Eles (a polícia) não fizeram seu trabalho", disse Lorene Turner a uma TV local. "Como podem deportar uma adolescente à Colômbia sem um passaporte, sem nada?"

Johnisa Turner, mãe da menina, disse à agência Associated Press na sexta-feira que tinha "um milhão de perguntas" para fazer à filha, que chegou a Dallas na última sexta-feira.

"Estou muito empolgada", disse a mãe, antes de se encontrar com Jakadrien. "Sinto que um peso saiu (das minhas costas). Ao mesmo tempo, só me sentirei bem quando encostar nela, quando a colocar em meus braços."

INVESTIGAÇÃO - Autoridades migratórias dos EUA dizem que, após a prisão de Jakadrien, não encontraram nenhuma pista que indicasse que a menina havia dado um nome falso à polícia, mas afirmam que vão investigar as circunstâncias da deportação, diante da gravidade das acusações.

Também segundo a Associated Press, durante o processo de deportação, Jakadrien supostamente foi entrevistada por um representante do consulado colombiano em Houston, que lhe concedeu um documento de viagem.

Já a Chancelaria colombiana disse que Jakadrien recebeu os documentos a pedido da Agência Nacional de Segurança dos EUA.

Segundo autoridades colombianas, ao chegar ao país sul-americano, a menina foi inscrita em um programa social que lhe deu abrigo, assistência psicológica e um emprego de atendente de telemarketing. fonte: BBC BRASIL
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