A missa em memória pelos 2 anos do acidente com o voo 447 da Air France, que matou 228 pessoas ao cair no mar na rota Rio-Paris, reuniu cerca de cem pessoas na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Zona Sul do Rio. O culto, na manhã desta quarta-feira (1º), foi celebrado pelo padre Omar Raposo e teve como tema esperança. A homenagem foi organizada pela Air France.
Por volta das 11h, dois ônibus chegaram à porta da igreja, trazendo as famílias das vítimas que estão hospedadas num hotel em São Conrado, na Zona Sul. São parentes de vários estados do Brasil e uma família da Argentina.
Uma das primeiras a chegar foi Esther Van Sluijs, que perdeu a filha Adriana, jornalista da Petrobras, no acidente. Confessando que o "emocional ainda fica complicado", ela diz que confia plenamente nas investigações sobre a causa da queda do avião e que "a Air France tem sido uma mãezona".
Já o presidente da Associação de Vítimas Brasileiras, Nelson Faria Marinho, que perdeu um filho no acidente e acompanha as investigações sobre o caso, preferiu não comparecer.
Um forte esquema de segurança foi montado para a entrada das famílias na igreja. Todos os parentes foram escoltados à saída do ônibus e usavam crachás fornecidos pela organização do evento. A imprensa foi mantida à distância e, apesar da orientação dos organizadores, de que a missa seria restrita às famílias, alguns moradores do bairro entraram na igreja sem restrições.
À saída da missa, emocionado, José Macário Fausto de Mello dizia que era "doloroso ver esse filme de novo". Ele perdeu o filho Carlos Eduardo, casado com Bianca, que também morreu no acidente. Ele disse confiar nas investigações sobre a causa da tragédia, e tem esperança de que os investigadores façam um bom trabalho para trazer conforto às vítimas. Já sua mulher, Maria Ester Lopes, mãe de Carlos Eduardo, comovida, disse apenas que preferia que os corpos não fossem retirados do mar.
Após a missa, que durou 45 minutos, parentes das vítimas seguiram para o Parque Penhasco Dois Irmãos, no Leblon, Zona Sul da cidade, onde depositaram flores junto ao memorial das vítimas da tragédia. FONTE: G1