A polêmica veio à tona pela internet: a Nasa voltou a incluir Plutão na lista de planetas do Sistema Solar em gráfico sobre futuras missões planetárias da agência (veja aqui).
Plutão está fora da lista dos planetas do Sistema Solar há cinco anos, quando a IAU (União Astronômica Internacional), órgão que diz quem é quem no Universo, promoveu o rebaixamento.
O feito aconteceu depois que o astrônomo Michael Brown, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), descobriu o primeiro astro além da órbita de Netuno com dimensões maiores que as de Plutão (mais tarde chamado de Éris).
Brown virou celebridade no mundo científico: foi escolhido pela revista "Time" como uma das cem pessoas mais influentes daquele ano e até publicou um livro - "How I Killed Pluto And Why It Had It Coming" ("Como Matei Plutão e Por Que Ele Mereceu").
Mas a Nasa torceu o nariz. E o motivo da birra é simples: pouco antes do rebaixamento, em janeiro de 2006, a agência havia enviado a sonda “New Horizons” para estudar justamente Plutão.
A viagem, de quase 5 bilhões de quilômetros, deve terminar em 2015. O custo da empreitada é de aproximadamente US$ 700 milhões. É um valor alto, ainda mais considerando que a Nasa tem sofrido corte de recursos desde o início da crise econômica dos EUA. O orçamento previsto para 2011 é de US$ 19 bilhões.
Mas cientistas de outras instituições também tomaram partido de Plutão e questionaram o rebaixamento do planetinha. No começo do ano, um grupo do Observatório de Paris disse ter feito uma medição que comprovaria que Éris é menor que Plutão (leia matéria da Giuliana Miranda sobre o tema). A IAU bateu o pé e não mudou de ideia: Plutão continuou no grupo "B" do Sistema Solar.
A Nasa não se manifestou sobre a inclusão de Plutão no seu gráfico. Seria um lapso da agência ou o começo de uma empreitada para reclassificar Plutão antes de sonda chegar ao planetinha? FONTE: BLOG DE CIÊNCIA