Documentarista indicado ao Oscar morre em ataque na Líbia

O documentarista e fotojornalista Tim Hetherington, de 41 anos, morreu nesta quarta-feira (20) durante um ataque de morteiro na cidade líbia de Misrata, onde ele cobria para a "Vanity Fair" a guerra civil entre os rebeldes oposicionistas e forças leais ao ditador Muammar Kadhafi. Outros três fotógrafos ficaram feridos: Chris Hondros, também de 41 anos, da agência Getty, está em cuidado intensivo e com lesões cerebrais. Michael Brown e Guy Martin também se machucaram. As informações foram confirmadas por colegas e fontes médicas na cidade, tomada pelos rebeldes e sitiadas por forças pró-governo. Eles teriam sido atingidos na Rua Trípoli, principal área de confrontos na cidade sitiada. Um colega, no Facebook, chegou a informar erradamente que Hondros também tinha morrido. Mas depois foi confirmado que ele estava gravemente ferido. Hetherington foi um dos diretores do documentário "Restrepo", sobre a guerra do Afeganistão, vencedor do Festival de Sundance e indicado ao Oscar no ano passado. Jornalista de origem britânica, ele cobriu inúmeros conflitos ao longo dos seis últimos anos. Ele chegou a ganhar o World Press Photo Award em 2007 por suas fotos de soldados americanos no Afeganistão. O trabalho foi base para o documentário. Os rebeldes afirmaram que cinco civis morreram na cidade nesta quarta vítimas de morteiros lançados pelas forças oficiais. Jornalistas na mira - Um cinegrafista da rede qatariana Al Jazeera, Ali Hassan Al Jaber, já havia sido morto, e um outro jornalista da rede ficado ferido no dia 12 de março em uma emboscada perto a Benghazi, bastião da oposição no leste líbio. Mas Hetherington foi o primeiro jornalista de um veículo estrangeiro a ser morto na Líbia desde o início da insurreição contra o regime do coronel Kadhafi, em 15 de fevereiro. Vários jornalistas foram também presos e disseram ter sido torturados pelo regime líbio. FONTE: G1/AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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