A japonesa Sharp anunciou que começará a vender televisores 3D no Japão na metade deste ano e será a mais recente fabricante de eletrônicos a ingressar no mercado que é visto como provável novo sucesso do setor.
A fabricante dos televisores de tela plana Aquos pretende lançar televisores 3D na China, Europa e Estados Unidos até dezembro, na esteira de rivais de maior porte tais como Samsung Electronics e Sony.
Os novos produtos da Sharp serão os primeiros televisores 3D do mundo equipados com a nova tecnologia de quatro cores primárias, que utiliza o amarelo além do vermelho, verde e azul – as cores primárias convencionais –, o que permite que o aparelho ofereça imagens mais vivas e brilhantes.
"Agora, estamos um passo mais perto de telas 3D com a melhor qualidade, as telas definitivas," disse Masafumi Matsumoto, vice-presidente executivo da Sharp, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Os fabricantes de bens de consumo eletrônicos estão em uma corrida para lançar televisores 3D este ano, apostando que isso representará estímulo tão forte para o setor quanto a transição dos televisores branco e preto para os coloridos.
A Panasonic e a Samsung já lançaram modelos 3D, enquanto a Sony planeja começar a oferecê-los em junho.
Os fabricantes de eletrônicos têm grandes esperanças de que o crescente interesse em filmes 3D deflagrado por "Avatar," grande sucesso de ficção científica, estimule as vendas de televisores desse tipo.
A demanda por televisores 3D provavelmente crescerá mais de mil por cento, para 27 milhões de unidades em 2013, ante o total estimado em 2,5 milhões de unidades este ano, de acordo com o grupo de pesquisa Display Search.
A Sharp antecipou que esses modelos devem responder por entre 5% e 10% de sua venda de televisores LCD no ano fiscal que se encerra em março de 2011, disse Matsumoto.
Ele não revelou quantos televisores LCD a empresa planeja vender neste ano fiscal, mas afirmou que atingiu a meta de 10 milhões de unidades no último ano fiscal e que planeja elevar substancialmente sua produção neste ano. REUTERS