As negociações sobre o salvo-conduto do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para que ele saísse da embaixada brasileira travaram devido a divergências sobre se ele aceitaria asilo político no México.
A administração interina quer que Zelaya receba asilo político em outro país, o que restringiria suas atividades, mas o presidente deposto rejeitou a proposta, preferindo um status que lhe desse mais liberdade para fazer campanha pelo seu retorno.
Ele disse a uma rádio hondurenha que quer ir ao México como "hóspede", mas "de maneira nenhuma isso é um pedido de asilo ou pedido para abrir mão do posto que detenho".
Devido ao impasse, o ministro do Exterior pró-golpe, Carlos López, afirmou à TV hondurenha que a saída de Zelaya "está abortada sob as atuais circunstâncias”.
Honduras escolheu um novo presidente, Porfirio Lobo, em eleições realizadas em 29 de novembro, mas muitos países ainda não reconheceram a votação, embora ela estivesse marcada bem antes do golpe. Lobo deve tomar posse em janeiro. REUTERS