O presidente interino da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT-DF), denunciou nesta segunda-feira (7) que o governo do Distrito Federal sumiu com os dados da prestação de contas de 2006, 2007 e 2008. A primeira providência, segundo Patrício, foi acionar a procuradoria da Câmara Legislativa para adotar “medidas judiciais” e obrigar o governo do DF a disponibilizar no Sistema Integrado de Gestão Governamental, o SIGGO, os gastos do governo nesses três anos.
Patrício diz que a informação foi dada pelo deputado distrital petista Paulo Tadeu, que informou que os dados foram retirados do sistema pela Secretaria de Fazenda do Distrito Federal. O secretário de planejamento do Distrito Federal, Ricardo Penna, negou que os dados tenham sido retirados propositalmente e alegou que pode ter havido falha no sistema.
Em nota, o presidente interino da Câmara Legislativa afirmou que “reprova de forma veemente e considera ilegal a determinação”.
Arruda está sendo acusado de participação em esquema de pagamento de propina a parlamentares aliados, no que vem sendo chamado de "mensalão do DEM". Estão envolvidos também assessores do governador.
Ao contrário de outros escândalos do gênero, há fartas imagens gravadas e veiculadas na TV que mostram Arruda recebendo maços de dinheiro, assim como deputados distritais e também o empresário Alcyr Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil.
Os recursos viriam de empresas que prestam serviços ao governo do Distrito Federal. As filmagens foram feitas por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, que aceitou ajudar nas apurações em troca de uma futura redução de pena, a chamada delação premiada. R7