Documentário de brasileira retrata as vítimas da epidemia de Aids em Uganda

Teresa tem 70 anos e cuida de dez netos órfãos. Maria Gorete tem 13 e desde a morte dos pais cria os três irmãos mais novos. Em comum elas carregam, além das famílias destruídas pela Aids, a falta de perspectiva que as une a outros milhões de africanos - 22,5 milhões de portadores do vírus estão na África Subsaariana (grupo de países africanos que fica ao sul do deserto do Saara). A realidade dessas mulheres de Uganda faz parte do documentário "Unbreakable Chain: The Effects of HIV on Families", produzido pela jornalista brasileira Fernanda Pires. Radicada em Michigan, nos Estados Unidos, a jornalista conta que o projeto apenas foi possível graças ao auxílio de Naomi Corera, diretora da fundação Children Waiting Everywhere , que ajuda crianças de Uganda e do Quênia. Fernanda partiu para Uganda apenas com o dinheiro da passagem, cerca de U$ 2 mil, arrecadados na Universidade de Michigan. O equipamento de filmagem era emprestado. Hospedagem e alimentação, só conseguiu graças ao trabalho de Naomi, nascida no Sri Lanka e que pelo menos duas vezes por ano vai para a África acompanhar a evolução dos projetos de sua fundação. Assim como a maioria das outras entidades que auxiliam o continente, a Children Waiting Everywhere é uma fundação de orientação religiosa. A maior parte do documentário foi filmado em Fort Portal, cidade a cerca de 300 quilômetros da capital de Uganda, Kampala. “A miséria toma conta da população”, diz Fernanda.
G1
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