Principais bancos centrais chegam a acordo para reforçar regulação bancária

Os presidentes dos principais bancos centrais chegaram a um acordo neste domingo (6) sobre um pacote de medidas destinadas a reforçar a regulação e a supervisão dos bancos devido à crise financeira, segundo um comunicado divulgado pelo Banco de Regulamentações Internacionais (BRI). As medidas deverão reduzir "substancialmente a probabilidade e a severidade de um estresse econômico e financeiro", indica o comunicado do banco com sede na Basileia. O acordo põe em marcha e aperfeiçoa as medidas "Basileia II" revisadas, concluídas em julho, que impõem aos bancos um reforço de seu capital e um remédio para os problemas evidenciados pelo afundamento dos mercados financeiros do ano passado. "Os acordos alcançados hoje entre os 27 maiores países do mundo são essenciais, já que delimitam novos padrões para a regulação bancária e a supervisão em nível mundial", disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), o francês Jean-Claude Trichet, que presidia a reunião. Os organismos nacionais de supervisão deverão se certificar de que as remunerações ou as bonificações estejam "em conformidade com os resultados a longo prazo e com um comportamento prudente em matéria de tomada de riscos", ressaltou Nout Wellinink, presidente do Comitê da Basileia sobre o controle bancário e governador do Banco Central holandês. No entanto, a reunião não fixou uma data precisa para a implementação deste pacote de medidas, que deverão tomar forma nos próximos meses, ser testadas até o final de 2010 e aplicadas de maneira "que não comprometam a reativação da economia real". Os bancos centrais concordaram também em obrigar os bancos a se dotarem permanentemente de um capital suscetível de ser utilizado em períodos de crise financeira. O acordo Basileia II atualmente em vigor, concluído em 2004, já reforçou e desenvolveu regras anteriores neste sentido para os bancos em termos de capital. Mas estas tiveram que ser negociadas durante anos, lutando contra as desconfianças do setor bancário. FRANCE PRESSE
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