Políticos devem se render às redes sociais

Políticos de todo o mundo invadiram a internet depois do sucesso da estratégia de campanha de Barack Obama durante as eleições americanas de 2008, que utilizou redes sociais como Facebook, MySpace, YouTube, Flickr, AsianAve e Twitter - por onde o democrata, depois de eleito, anunciou o nome de seu vice, Joe Biden. Chefes de estado e de governo como Nicolas Sarkozy (França), Angela Merkel (Alemanha), Silvio Berlusconi (Itália) foram alguns líderes que seguiram os passos do americano. No Brasil, o interesse da classe política pelo assunto já está sendo considerado a nova estratégia de marketing político para as eleições de 2010.

"Estamos vivendo uma carência de posições e de ideologias e essas ferramentas possibilitam estimular o debate com a sociedade", diz o deputado federal Eliseu Padilha, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, que capitaneia a discussão sobre o uso das redes sociais pelo PMDB. Por ora, o PV é a única legenda presente em cinco redes. DEM e PT ainda não definiram como será a participação dos seus candidatos na web em 2010, embora expoentes das agremiações já estejam em ação nos espaços virtuais.

Um dos canais favoritos dos políticos brasileiros é o Twitter, microblog que aceita textos de no máximo 140 caracteres e que tem se popularizado pela facilidade de postagem de mensagens a partir de computador ou celular. De acordo com o Politweets, ferramenta que contabiliza a participação de políticos no Twitter, até o momento um governador, 13 senadores, 27 deputados federais e quatro deputados estaduais utilizam o microblog.

Indignação virtual - Outro especialista em marketing político, o consultor Gaudêncio Torquato, diz que as redes sociais podem mudar a cultura de participação dos brasileiros no processo político. "Agora, existe a opinião pública virtual, que é muito influenciada pelo que circula na internet", explica. "Nunca se viu tanta propagação de mensagens de interesse político na internet: se acontece um escândalo, uma votação polêmica em Brasília, imediatamente as pessoas começam a se manifestar nos blogs e twitters." Segundo Torquato, todas as consultorias em marketing político já estão estudando estratégias que utilizam as ferramentas da internet para as próximas eleições. "São mais de 50 milhões de pessoas utilizando a web hoje no país. Não dá para ignorar esse número." VEJA

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