Soldados matam presidente de Guiné-Bissau

Vieira foi deposto numa guerra civil na década de 90 e retomou o poder através de eleições em 2005
Soldados mataram o presidente de Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, nesta segunda-feira (2) em um aparente ataque motivado por vingança, horas depois de o comandante do Exército da nação no oeste africano general Batista Tagme Na Wai ter sido assassinado, disseram à agência "Reuters" moradores e fontes da área de segurança.
Vieira, o presidente assassinado, é um ex-militar que governou o país até ser deposto em uma guerra civil na década de 1990. Ele retornou ao poder em uma eleição em 2005.
O presidente vinha entrando em choque com o chefe das forças armadas, general Batista Tagme Na Wai, que foi morto no ataque da noite de domingo. O atentado também destruiu parte do quartel-general das forças armadas.
"Na noite passada, o chefe do Estado-Maior foi morto, e o presidente foi assassinado nesta manhã, enquanto tentava deixar sua casa. Sua casa foi atacada por um grupo de militares", disse à "Reuters" uma autoridade do bloco regional da África ocidental, Ecowas, que pediu para não ser identificada.
Uma fonte de segurança disse que soldados da etnia balante, a mesma de Tagmé Na Waié, lideraram o ataque a Vieira, e saquearam sua casa. "Tagme sempre disse que seu destino e o do presidente estavam ligados. E que, se ele morresse, o presidente também morreria", disse a fonte. Confusão em Bissau - Tiroteios e explosões ressoaram na cidade de Bissau (capital do país) nas primeiras horas desta segunda-feira. A maior parte dos moradores ficou em casa, e não estava claro quem controlaria o país.
A ex-colônia portuguesa, de 1,5 milhão de habitantes, sofreu com anos de golpes e conflitos civis e tem sido usada nos últimos anos como rota por traficantes latino-americanos de cocaína visando o mercado europeu.
Vieira, o presidente assassinado, é um ex-militar que governou o país até ser deposto em uma guerra civil na década de 1990. Ele retornou ao poder em uma eleição em 2005.
O presidente vinha entrando em choque com o chefe das forças armadas, general Batista Tagme Na Wai, que foi morto no ataque da noite de domingo. O atentado também destruiu parte do quartel-general das forças armadas. LUSA / REUTERS
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