Mães da praça da Paz Celestial pedem investigação

Um grupo de 127 mães de vítimas do massacre de estudantes ocorrido na Praça da Paz Celestial, em 1989, enviou ontem uma carta aberta ao governo chinês, pedindo uma investigação sobre a atuação do Exército, a divulgação da lista dos mortos e a indenização aos parentes.
O documento - organizado pelas Mães da Praça da Paz Celestial e divulgado pela ONG Human Rights Watch - é endereçado ao Congresso Nacional do Povo da China, que inicia sua reunião anual na próxima quinta-feira. As manifestações pela democracia de 1989 duraram quase dois meses e, no auge, reuniram 1 milhão de pessoas na praça, que é o coração político da China. Em 4 de junho, o incidente completa 20 anos. Na época, o governo chinês estimou o total de vítimas civis em 200, enquanto a Anistia Internacional sustentou que a cifra era próxima de mil.
Ainda hoje, a menção ao que ocorreu na Praça da Paz Celestial é absolutamente proibida na China. "Isso vai exigir que cada representante demonstre coragem e desenvoltura extraordinárias, sabedoria e coragem política para quebrar o tabu e encarar de frente a terrível tragédia que ocorreu há 20 anos e resolver o 4 de Junho com a verdade", diz o texto. AGÊNCIA ESTADO
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