Favorito, Cristiano Ronaldo pode recolocar Europa à frente do Brasil

O Brasil tem dimensões continentais não apenas em seu território. No prêmio concedido ao melhor jogador do mundo pela Fifa, anualmente, o país também se equipara a um continente em conquistas, mas tudo indica que apenas até esta segunda-feira. Afinal, nesta noite (tarde no horário brasileiro), em Zurique, o português Cristiano Ronaldo deve recolocar a Europa à frente do futebol pentacampeão. Na eleição feminina, a brasileira Marta é a favorita.
Em evento repleto de glamour e que atrai atenção mundial, o atacante do Manchester United é o favorito para ser anunciado como o melhor jogador do planeta em 2008. Competindo com Kaká, atual campeão, o argentino Lionel Messi e os espanhóis Fernando Torres e Xavi Hernández, o lusitano tem tudo para ser consagrado.
Se isso acontecer, ele garantirá o nono prêmio para os europeus, que venceram com o francês Zinedine Zidane (três vezes), os italianos Roberto Baggio e Fabio Cannavaro, Luis Figo (Portugal), Marco van Basten (Holanda) e Lothar Matthaus (Alemanha). Pelo Brasil, já conquistaram tal feito Ronaldo (três vezes), Ronaldinho Gaúcho (duas), Romário, Rivaldo e Kaká.A votação dos técnicos e capitães das seleções filiadas à Fifa já foi feita. E para angariar seus votos, Cristiano Ronaldo ofereceu inúmeros argumentos na temporada passada. Em títulos coletivos, ganhou simplesmente o Mundial de Clubes, a Liga dos Campeões e o Campeonato Inglês. Individualmente, foi o artilheiro do torneio europeu e da liga nacional.
Nas premiações que geralmente servem de prévia do que acontece na eleição da Fifa, também só deu Cristiano Ronaldo. Ganhou a Bola de Ouro da renomada France Football, foi escolhido como melhor do mundo por Fifpro (federação internacional dos jogadores) e Four Four Two (tradicional revista inglesa) e recebeu da Uefa o título de melhor da Europa.
Kaká, por sua vez, teve uma temporada atrapalhada por lesões. Sofreu um problema muscular na coxa e depois passou por cirurgia no joelho esquerdo, em maio. Três meses depois, uma tendinite no mesmo joelho o afastou dos gramados. Por fim, em dezembro, dores na região pélvica atormentaram o jogador.
Como o Milan também não teve um ano brilhante, Kaká se viu distante do bicampeonato pessoal e aprovou o favoritismo dado a Cristiano Ronaldo. "Ele merece por tudo que fez e conquistou junto com o Manchester United, sendo fundamental nessas conquistas. Se ele for o vencedor, será merecido", comentou o brasileiro na semana em que a seleção recebeu Portugal para disputar amistoso em Brasília, em novembro.
Já os demais concorrentes podem fazer história caso uma surpresa ocorra e o português perca o prêmio. Argentina ou Espanha nunca tiveram um jogador eleito o melhor do mundo pela Fifa. No ano passado, Messi ficou em segundo, atrás apenas de Kaká. Os espanhóis Fernando Torres e Xavi Hernández estão pela primeira vez na final.
Entre as mulheres, Marta tem boas chances de conquistar o prêmio pela terceira vez e se igualar à alemã Birgit Prinz, atual recordista. Medalhista de prata nas Olimpíadas de Pequim e pela quinta vez entre as finalistas, Marta enfrenta a compatriota Cristiane, artilheira nos Jogos da China, a própria Birgit Prinz, a também alemã Nadine Angerer e a inglesa Kelly Smith.
A caminho do futebol norte-americano, a principal estrela feminina do futebol brasileiro é a maior esperança de vitória para o país no Opera House, que recebe o evento desta segunda-feira. Aos 22 anos, Marta conta com seu bom desempenho em Pequim para empatar em prêmios com a bicampeã mundial Prinz, de 31 anos e finalista pela sexta vez. (UOL)
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