Mamíferos em risco de extinção

O golfinho branco está praticamente extinto; orangotangos estão desaparecendo; até algumas espécies de morcegos ─ os mamíferos mais numerosos ─ estão em vias de extinção. Um novo levantamento entre 5.487 espécies de mamíferos, de roedores a humanos revela que um, a cada quatro mamíferos está à beira da extinção.
“Espécies de mamíferos com populações reduzidas, não necessariamente perto da extinção, chegam a 50%”, informa o biólogo conservacionista Jan Schipper, da União Internacional pela Preservação da Natureza (IUCN, em inglês), que mantém uma lista vermelha de espécies ameaçadas. “Há 836 espécies ─ principalmente roedores e morcegos ─ consideradas ameaçadas, mas não sabemos se estão realmente sob risco, por falta de conhecimento sobre suas populações.”
Schipper e outros 1.700 cientistas passaram os últimos cinco anos pesquisando mamíferos pelo mundo todo. Resultados desse trabalho, publicados na Science, revelam que 1.139 mamíferos de todo o planeta estão sob ameaça. Além disso, foi observada uma diminuição nas populações de 52% de todas as espécies de mamíferos.
A maioria de macacos e ratos em risco encontra-se no Sul e Sudeste da Ásia. Muitos mamíferos de áreas com profusão de espécies, como a cordilheira dos Andes na América do Sul, as terras altas da África camaroniana e as florestas de Albertine Rift (região com 6 mil km que se estende desde o norte da Síria até o centro de Moçambique); o norte dos oceanos Atlântico e Pacifico, também estão com problemas.
O desflorestamento, associado à caça e coleta de alimentos são as causas primárias do declínio rápido dos mamíferos terrestres, como os elefantes na Ásia; já os mamíferos marinhos mais ameaçados, como o boto do Pacifico, no golfo da Califórnia, no México, são mortos por redes de pesca, abalroados por navios, ou vítimas da poluição. (Scientific American Brasil)
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