Wikipedia ameaça 'desligar' serviço em inglês por lei antipirataria dos EUA

Jimmy Wales, cofundador da Wikipedia, discursa
durante conferência sobre internet em Londres
Jimmy Wales, cofundador da Wikipedia, ameaçou desligar a versão em inglês da Wikipedia como forma de protesto contra uma lei antipirataria discutida nos Estados Unidos. Chamada de Sopa (Stop Online Piracy Act ou Lei para Parar com a pirataria Online), o projeto ainda está em discussão, mas foi alvo de um recente postagem de Wales no fórum da Wikipedia nesta terça-feira (13).

“Uma greve global ao menos na versão em inglês da Wikipedia colocaria máxima pressão ao Governo Americano”, diz a postagem do cofundador da enciclopédia virtual colaborativa.

A ameaça ao apagão da versão em inglês da Wikipedia e, possivelmente, de algumas outras, é uma resposta ao Sopa, uma lei que está tramitando no judiciário americano que quer “proteger” a rede de usuários ou sites que prejudiquem a criatividade ou roubem ideias.

A decisão proposta por Wales não é nova na comunidade da Wikipedia. Segundo seu post no fórum da enciclopédia virtual, a comunidade italiana da Wiki ameaçou fazer o mesmo em função de uma proposta de lei que iria reduzir a liberdade de expressão na web. Após a ameaça, os políticos desistiram da ideia.

A Wikipedia é um site colaborativo, em que qualquer pessoa pode publicar ou editar um conteúdo. As páginas da enciclopédia virtual recebem cerca de 360 mil usuários de todo o mundo é está no top 10 de sites mais acessados. Se a lei passar a vigorar e algum usuário da Wikipedia copiar algo de alguém ou mesmo postar qualquer tipo de conteúdo ofensivo, por exemplo, o site poderá ser responsabilizado.

“No mínimo, caso a lei seja aprovada, qualquer serviço que hospede conteúdo gerado por usuário estará sobre enorme pressão para monitorar e filtrar todo conteúdo postado”, argumentou um ativista da Fundação Fronteira Eletrônica, instituição americana cujo objetivo é proteger os direitos de liberdade de expressão.

A Wikipedia é só um dos grandes opositores da controversa lei americana. Empresas como Google, Yahoo!, Twitter, eBay, Aol e Facebook são contra a lei americana. Por outro lado, empresas como Disney, Apple, Microsoft, Intel e Warner estão entre as companhias que estão a favor da lei. FONTE: UOL/DAILY MAIL
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