Internado ainda bebê, garoto vai para casa após 10 anos em hospital de Minas Gerais

Após 10 anos internado na unidade de pediatria do Hospital Regional de Betim (MG), o garoto Haysllan Gonçalves Gomes, 10, acometido por “Distrofia Muscular Miosina Negativa”, uma doença rara, foi transferido da unidade hospitalar para a casa dos pais, nesta quinta-feira (13).

A mudança somente foi possível por conta da instalação de aparelho portátil de ventilação mecânica na residência da família, custeado por parceria entre programa do município criado com intuito de desinternar pacientes e a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais).

O garoto vai permanecer com auxílio de médico, fisioterapeuta e enfermeiro que o acompanharão em casa, sem custo para os familiares, além do fornecimento do material de consumo, como oxigênio e sondas, de acordo com informação do hospital.

A gerente da pediatria do hospital, Valéria Teixeira Tregas, informou que o garoto, apesar da enfermidade, interage com o mundo ao seu redor.

“É uma criança que interage com o meio social. Ele conversa, foi alfabetizado aqui no hospital. Ele já tinha condição de ir para casa, desde que fossem oferecidas a ele condições de sobreviver fora do ambiente hospitalar”, revelou.

A funcionária informou que os pais do garoto passaram por treinamento no hospital para lidar com o aparelho.

Filho - Apesar de não ser o único caso assistido pelo hospital, a gerente ressaltou que o garoto, pelo tempo que passou na unidade hospitalar, era considerado um “filho” para os servidores do hospital que tinham contato com ele.

Outras 3 crianças foram objeto do mesmo programa, mas nenhuma ficou tanto tempo na unidade hospitalar, conforme a gerente.

“Por ser uma criança muito carismática, todos que se envolveram com ele têm um carinho muito grande por ele”, disse a mulher, ressaltando torcer para que tudo corra bem com ele no novo ambiente.

“Eu acredito que ele vai dar tudo certo. A família foi acompanhada tanto pela assistente social como o serviço de psicologia para poder trabalhar essa questão da insegurança de estar com uma criança, nessas condições, dentro de casa”, ressaltou. FONTE: UOL
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