Pirateada na China, Wizard cria rede social



Principal franqueador de escolas de idiomas e de ensino profissional do Brasil com 3.500 unidades, o grupo Multi, dono da Wizard, do Yágizi e da Skill, criou uma rede social para ensinar inglês.

Batizada de WeSpeak, a rede gratuita é baseada nos pilares de áudio, vídeo, lições escritas e plantão de dúvidas.

Pelo modelo, o usuário se cadastra, define o nível de conhecimento do idioma e tem acesso às lições. Também pode publicar posts e fotos, como no Facebook, e interagir com outros estudantes.

A rede social estreia na próxima segunda-feira com a proposta de complementar o ensino nas aulas presenciais e ser uma aliada no projeto de expansão internacional do grupo.

Hoje com 50 escolas em dez países como EUA, China, Irlanda e Japão, o Multi enfrenta dificuldades para rentabilizar as operações franqueadas, cuja principal fonte de receita é a venda de material didático.

"Crescemos com base em franquias no Brasil, mas é um desafio implantar o sistema em outras regiões do mundo", diz Carlos Wizard Martins, fundador do grupo.

Na China, onde tem 10 mil alunos numa parceria firmada com a secretaria local de educação, a rede enfrenta a pirataria de material didático e por isso estreará a WeSpeak simultaneamente à operação no Brasil.

"Estamos há quase dois anos por lá e vimos a necessidade de mudar o modelo comercial. Na China, será o ensino virtual a principal fonte de receita."

ENSINO À DISTÂNCIAPara comandar a estrutura pedagógica, o Multi contratou Michael Moore, um dos gurus do ensino à distância.

O executivo será responsável pela estrutura do portal a partir dos EUA.

Uma das funcionalidades do site será aproximar professores e alunos, numa espécie de LinkedIn do ensino.

Num espaço específico, os professores de qualquer lugar do mundo poderão apresentar seus serviços. A contratação é feita pelo site e o usuário pode pagar com cartão de crédito.

Do total recebido pelo professor, a rede social fica com 20%. As comissões serão seu principal modelo de negócios por não haver assinatura cobrada dos alunos.

A ideia é chegar até o fim do ano a 1 milhão de usuários do serviço e, segundo Martins, não haverá concorrência com as aulas presenciais.

Os investimentos nos dois primeiros anos de operação serão de R$ 10 milhões.

EXPANSÃO LOCAL  - Após os investimentos de mais de R$ 200 milhões com aquisições em 2010, o grupo Multi passou o primeiro semestre do ano focado na integração das empresas.

Os planos, porém, são de continuar a estratégia de consolidação, principalmente em sistemas de ensino.

A rede mantém os planos de abertura de capital, mas não tem prazo estabelecido.

"A entrada do fundo Kinea [braço de investimentos do Itaú] no fim do ano passado colaborou como preparação de governança corporativa. Agora estamos ajustando outros controles", diz Martins. Fonte: FOLHA.COM

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