Policial do Zimbábue é preso por usar banheiro do presidente

Um policial do Zimbábue foi preso no início do mês acusado de usar um banheiro reservado apenas para o presidente, Robert Mugabe.
O sargento Alois Mabhunu trabalhava em uma feira anual de Comércio Internacional do Zimbábue, na cidade de Bulawayo, no oeste do país. Segundo o site da rádio Voice of People (VOP), do Zimbábue, Mabhunu foi preso no dia 7 de maio, um dia depois do incidente. O detetive do setor de homicídios estava trabalhando na abertura oficial da feira em Bulawayo. O presidente do banco africano Afreximbank, Jean Louis Ekra, e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, também participavam da cerimônia. 'Mabhunu, devido ao chamado da natureza, correu para os banheiros reservados para Mugabe e seu convidado, Ekra, mas foi parado por outros oficiais que guardavam os banheiros', informou o site da rádio VOP. 'Sob intensa pressão do chamado da natureza, o oficial abriu caminho e conseguiu se aliviar.' Mas, Mabhunu foi preso no dia seguinte, depois de uma denúncia para os responsáveis pela segurança de Mugabe e comandantes da polícia na cidade, sob suspeita de invadir o banheiro do presidente. O policial está detido em um quartel nos arredores de Bulawayo e a rádio VOP entrou em contato com um porta-voz da polícia de Bulawayo, mas o porta-voz, Mandlenkosi Moyo disse à rádio que 'é um assunto interno'. Segundo a rádio VOP, Mabhunu está sendo julgado nesta segunda-feira. Segundo o site de notícias New Zimbabwe, a advogada defensora dos direitos humanos Beatrice Mtetwa perguntou por qual crime o policial foi acusado. 'Precisa haver uma lei dizendo que o banheiro é do presidente, mas este era um banheiro público. Eles precisavam ter divulgado uma proclamação no jornal do governo especificando isto. Aposto que eles não fizeram isto', disse a advogada. Em todos os lugares que vai, Mugabe, de 87 anos, é protegido por grandes esquadrões da polícia secreta e por soldados. Vários motoristas que cruzaram o caminho do comboio presidencial teriam sido atacados pelos seguranças de Mugabe, por exemplo. FONTE: BBC BRASIL
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