Meta de plano de banda larga exige investimento em fibra ótica

A velocidade mínima de 1 mbps (megabit por segundo) para o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) imposta pela presidente Dilma Rousseff vai demandar a construção de mais redes de fibra óptica do que o previsto inicialmente, quando a meta mínima de velocidade era 512 kbps.
Para isso, o governo pretende orientar que novos empreendimentos de infraestrutura, inclusive privados, invistam na construção de fibras ópticas. Segundo o Secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Nelson Fujimoto, o acréscimo para implantar rede de fibra óptica numa obra é relativamente pequena, e deu o exemplo do trem-bala: serão gastos R$ 23,4 milhões com fibras, um impacto de 0,00675% sobre o custo total da obra, avaliada em R$ 34,6 bilhões. O governo também vai trabalhar em regras que facilitem o direito de passagem de dados e o compartilhamento de infraestrutura, ponto que as concessionárias de telefonia fixa, grandes detentoras de redes no país, são resistentes em ceder. Quando o rascunho do PNBL contemplava conexões a partir de 512 kpbs, boa parte dos pequenos municípios brasileiros receberia banda larga via ondas de rádio, sem necessidade de uma rede física muito que chegasse até a cidade. Segundo Fujimoto, a Telebrás sozinha não vai dar conta da rede super-ramificada de fibras ópticas que terá de ser construída para levar internet para os municípios. Pelos cálculos do governo, serão necessários R$ 7 bilhões até 2014 para levar rede a todos os municípios com até 35 mil habitantes, um total de mais de 4.000 cidades. A presidente Dilma Rousseff se comprometeu a negociar com sua equipe econômica a liberação de R$ 1 bilhão por ano, somando R$ 4 bilhões. O restante do investimento poderá vir de investimento direto de empresas, não necessariamente do setor de telecomunicações, ou da troca de capacidade de empresas do setor com o governo. Segundo Fujimoto, o governo estuda desonerações e outros estímulos para atrair investimentos em fibras. Além de trabalhar a regulação do setor, como a aprovação no Senado do PL 116, que abre o mercado de TV a cabo para empresas de telefonia. O secretário esteve presente em audiência pública na subcomissão de Banda Larga da Câmara dos Deputados. FONTE: FOLHA.COM
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