Juiz manda soltar ex-chefe do FMI

Um juiz de Nova York ordenou na tarde desta sexta-feira (20) a libertação, mediante pagamento de fiança de US$ 1 milhão, do ex-chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, indiciado por crimes sexuais. Ele já foi libertado, segundo as autoridades carcerárias.
Strauss-Kahn vai ficar sob prisão domiciliar em um apartamento em Lower Manhatan, sob vigilância armada, enquanto durar o processo. Ele havia passado as últimas quatro noites na prisão de Rikers Island, em Nova York. A liberdade condicional havia sido concedida na quinta-feira, mas a libertação só ocorre nesta sexta por razões burocráticas. Strauss-Kahn foi formalmente indiciado por sete acusações de agressão sexual por um grande júri no tribunal de Manhattan, segundo o promotor Cyrus Vance. Até seu julgamento ele ficará sob monitoramento eletrônico e sob supervisão de um guarda armado, que será pago com o dinheiro da defesa. Ele também terá de pagar uma apólice de seguro de U$ 5 milhões e abrir mão de todos os documentos de viagem. As condições para a solutra foram propostas pelos próprios advogados do francês. O indiciamento, ocorrido na quinta, significa que foram feitas acusações formais ao francês e que o caso pode ir a julgamento se Strauss-Kahn, de 62 anos, se declarar inocente. Isso deve ocorrer em audiência marcada para 6 de junho. Ele deve alegar inocência, segundo seus advogados. Strauss-Kahn renunciou a seu cargo no Fundo Monetário Internacional na noite de quarta-feira, após ter sido acusado de tentar estuprar uma mulher de 32 anos, imigrante da Guiné, em um hotel Sofitel no sábado passado. Desde então, ele está sob custódia das autoridades americanas. 'Imensa tristeza' - Em comunicado, o FMI anunciou que Strauss-Kahn apresentou sua renúncia esta noite perante o diretório da instituição financeira. “É com imensa tristeza que me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao posto de diretor-gerente do FMI”, disse Strauss-Kahn, em comunicado. “Quero dizer que nego com a maior veemência todas as acusações que foram feitas contra mim”, disse.
O FMI informou que iniciou um processo de seleção para substituir Strauss-Kahn. Enquanto isso, John Lipsky, número dois na hierarquia, assumirá interinamente o comando da entidade. FONTE: AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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