Alimentação inadequada e os riscos para o desenvolvimento infantil

Quando o assunto é alimentação, a preocupação dos pais é constante. Saber se os filhos consomem todos os nutrientes, proteínas e vitaminas de forma adequada e equilibrada é fundamental, independentemente da idade da criança. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desnutrição infantil no País diminuiu nos últimos 30 anos, porém, o número ainda é alarmante. Cerca de 1,89 milhão de crianças menores de 10 anos sofrem com a desnutrição.
O fato de as crianças ficarem muito tempo na escola, ou fora dela, pode desencadear uma série de inquietações por parte dos pais. Nesse período, é fundamental atentar-se para a alimentação adequada, pois a carência nutricional nessa fase pode prejudicar o bom andamento dos pequenos na escola e nas atividades normais do dia a dia, causando desânimo e demais doenças, como obesidade e anemia. “Desnutrição e obesidade podem parecer que estão em sentido oposto, no entanto, obesidade é um tipo de desnutrição. As pessoas confundem obesidade com saúde quando, na verdade, o obeso pode estar muito mais doente que o desnutrido. Obesidade causa doença cardiovascular, diabetes, problemas de coluna e muitas outras doenças graves”, explica Daniel Magnoni, médico cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração (HCor). Cabe aos pais elaborar um cardápio rico em nutrientes com alimentos saudáveis e refeições em horas certas e sem exageros. É importante iniciar a formação de hábitos alimentares assim que as crianças são apresentadas aos alimentos, ou seja, assim que abandonam o leite materno. “Altere o cardápio a cada refeição, mas não apresente todas as novidades de alimentos de uma só vez. Varie a seleção de carboidratos, que dá a energia para as crianças nas atividades diárias, as proteínas, que são essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos e os alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, responsáveis pela manutenção e o bom funcionamento do corpo”, diz o especialista. Todos os alimentos têm igual peso, ou seja, não há alimento mais importante que o outro nessa fase. O ideal é montar uma pirâmide de alimentos e abrir algumas exceções ao longo da semana. “Escolha um dia da semana para a criança se divertir nas guloseimas, mas sem exagero, pois com o excesso de doces e frituras, com o tempo ela pode apresentar doenças como obesidade”, salienta o nutrólogo. Sempre que possível, introduza o azeite na alimentação das crianças, pois é um alimento funcional natural, com alto teor de gordura monoinsaturada, o que aumenta o colesterol bom (HDL). “Ao consumir o azeite extravirgem, estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturada, 14% de saturada e 9% de poli-insaturada, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros. De forma semelhante, reduza ao máximo o consumo de açúcar, pães e doces, causadores de obesidade. Aumente bastante a carga de atividade física, seja esporte, ginástica ou outras atividades recreativas”, finaliza Magnoni. Dicas - A dica do nutrólogo é que os pais abusem da criatividade e introduzam aos pratos infantis alimentos coloridos para chamar a atenção das crianças. Uma sugestão é decorar as refeições, para atraí-las. Abaixo, algumas propostas que podem seduzir os olhos e fazer muito bem ao corpo na fase do desenvolvimento. • Prefira carnes magras às vermelhas; • Insira ao café da manhã iogurte, fibras – para auxiliar na digestão – e frutas; • Substitua sobremesas calóricas e com muito açúcar por frutas decoradas ou gelatinas; • Evite os refrigerantes, prefira os sucos naturais; • Escolha um dia da semana para liberar as guloseimas; • Não insista para que a criança coma. Ela procurará o alimento oferecido quando sentir fome; • Varie o cardápio, mas administre bem as novidades; • Siga uma ordem de horário para as refeições e os lanches intermediários; • Use a criatividade ao preparar os pratos, abuse dos legumes, para ter um prato colorido, e das formas dos lanches para atrair a atenção. FONTE: PORTAL O QUE EU TENHO?
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